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Leia mais mulheres

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Cecília Meireles

Falta pouco para o Dia Internacional da Mulher. Nessa época do ano é comum sermos bombardeadas por anúncios cor-de-rosa para itens do lar, mas o dia da mulher passa bem longe de uma data comercial. O dia da mulher é para relembrar mulheres que morreram na luta por direitos e na nossa constante batalha para uma sociedade mais igualitária.

Os anos passaram e no Brasil conquistamos muitos direitos, mas ainda tem mais a ser conquistado. E por incrível que pareça, a literatura brasileira contemporânea ainda precisa de muito mais espaço para as mulheres. Uma colega minha se formou com uma monografia sobre a representatividade das mulheres na literatura brasileira contemporânea e coletou muitos dados interessantes de diversas pesquisas. Basicamente, há poucas mulheres personagens e autoras. Pelo menos na “alta literatura”, mulheres estão em menor quantidade. Uma campanha chamada #leiamulheres é uma das iniciativas para mudar esse quadro.

Como a Olívia sempre fala por aqui, representatividade importa. Costumo ler muitos livros jovem adulto, um nicho que, felizmente, tem muitas mulheres e bastante diversidade. E talvez por isso muitas pessoas considerem livros YA “menores” que outros, por que tratam de problemas de jovens e em alguns casos, de “mulherzinha”. Nada a ver, certo? Ainda existe um certo preconceito que dita que livros escritos por mulheres, com protagonistas mulheres só podem ser lidos por mulheres. Por que o mesmo não acontece quando a gente troca “mulher” por “homem”?

Rachel de Queiroz

Leia mais livros escritos por mulheres. Não importa se a capa é branca, preta ou cor-de-rosa, o que importa é o conteúdo. Não é por que um título foi escrito por alguém do sexo feminino ou acompanhe as desventuras amorosas de uma garota que o texto não possa falar com você.

E você mulher, que sonha em ser escritora: escreva. Seja fantasia ou contemporâneo, distopia ou épico, com romance ou muito sangue. Não se acanhe quando alguém disser que o que você escreve é de “menininha”. Ser mulher não é defeito, não é demérito. Escreva como uma mulher, leia como uma mulher. Há grandes mulheres que se transformaram em grandes escritoras retratando mulheres. Você pode ser uma delas.

E da próxima vez que alguém disser que aquele livro é de “mulherzinha” em tom pejorativo, diga que é livro de “mulherão”.


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